O museu
História
O Museu Pio XII foi fundado em 1957 pelo Cónego Luciano Afonso dos Santos, professor e Reitor do Seminário Conciliar de Braga, sacerdote apaixonado pela arqueologia e pela arte sacra, que além da educação dos seminaristas e da docência, ocupava muito do seu tempo em escavações, ainda em pregações, calcorreando muitas paróquias e arciprestados.
Assim foi reunindo uma vasta coleção de arqueologia e outra de arte sacra.
Ao fim de alguns anos de recolhas, resolveu expor as suas descobertas no edifício do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, sito ao Campo de Santiago. Prestando tributo ao Papa de então – ano de 1957 – chamou ao espaço expositivo “Museu Pio XII”.
De tudo, em quantidades e qualidade apreciáveis, se podia contemplar: numismática, lítica, cerâmica, escultura, pintura, ourivesaria, têxtil, adereços litúrgicos…
Em 1968, perspetivando-se a realização de obras no edifício, foram promovidas sondagens arqueológicas no claustro do Seminário. À luz do dia emergiu a estrutura de um edifício romano, mais concretamente, o hipocausto de uma casa romana (IV séc.).
Em 1984, na sequência de uma doação do pintor Henrique Medina à Arquidiocese de Braga, foi fundado o Museu Medina, sendo instalado também no edifício do Seminário Conciliar. Embora criado inicialmente como museu autónomo, atualmente integra o circuito do Museu Pio XII, como galeria de arte.
Grande remodelação
Em 2002, o Museu sofreu uma grande remodelação, inaugurada a 5 de dezembro, dia de S. Geraldo, padroeiro da Arquidiocese, criando melhores condições expositivas para o seu espólio, de acordo com as novas tendências da museologia.
Nesse mesmo contexto, ao Museu ficou confiada a Torre Medieval, ou Torre de Santiago, ou ainda a Nossa Senhora da Torre, estrutura fortificada pertencente à muralha da Braga medieval, que no séc. XVIII recebeu um oratório em honra, exatamente, de Nossa Senhora da Torre.
Em 2021 foi enriquecido com uma valiosa coleção de ourivesaria.